15 de outubro de 2013
Quando Bruno Mars apareceu, em 2010, não botei muita fé nele. Achei que era mais um desses talentos fabricados, com muita produção e pouca essência . Curioso pelas baladas que viraram trilhas de novelas, escutei, mas não consegui também gostar do seu álbum de estréia. Achei mediano.
Eis que chega o seu segundo álbum Unorthodox Jukebox, acho que no final do ano passado, mas como sempre atrasado, eu só parei para escutá-lo nos últimos dias. E de lá pra cá, acho que já toquei por pelo menos umas 15 vezes. Álbum enxuto, canções curtas e grudentas, arranjos sensacionais, versatilidade monstruosa do garoto. O que nos resta ao final dos trinta e poucos minutos de duração é apenas repetir. Repetir, incansavelmente!
O resgate de melodia perdida na cena pop de hoje com base em grandes nomes dos anos oitenta, é um dos maiores méritos de Mars, desta vez. Qualquer um saca que não somente ele tem uma pegada “ Michael Jackson” na sua inspiração e nos arranjos vocais elaborados, mas consegue também imprimir uma marca própria. É fácil enxergar um toque de The Police, Prince , Lionel Richie e todos os mestres que iconizaram os saudosos anos 80. Ainda que falte um pouco de maturidade em algumas letras como “Gorilla” e o rigor na seleção final do repertório como na faixa “Show Me” (um reggae, com produção tosca digna de Arrocha que soa como uma criança brincando com o seu novo teclado), Bruno Mars se superou com este álbum, que pode ser empolgação do momento, mas até agora o único de 2013 que empolgou a ponto de recomendar , para os que gostam.
Bruno Mars, muito sucesso e longevidade! Que a maldição da fama não atrapalhe a sua evolução como artista!!
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