quarta-feira, agosto 17, 2016



Primeiramente, eu acho sim, que o Brasil é um país amador em muita coisa e em diversos aspectos está longe de querer melhorar. Amador é um adjetivo leve que me ocorre no momento.

O que não posso deixar de enxergar e ser contra, é esse caráter auto-depreciativo que nós temos. Nós estamos quase botando uma fezinha, para que o primeiro atentado terrorista se noticie por aqui nas olimpíadas e agora, vibramos com cada fiasco que circula sobre os problemas técnicos na vila olímpica.

Eu já estive atrás dos balcões de hotéis e sei que muitas vezes os hóspedes fazem tempestade em copo d' água. Só pra descontrair, já atendi sérias reclamações de entupimento no vaso, mas quando a manutenção ia efetuar o reparo, descobria que o problema estava no calibre descomunal do cocô que o hóspede fazia.

Ainda que sejam realmente sérios os problemas estruturais, sabem quando alguém fala mal de um familiar nosso e mesmo que esta pessoa esteja com a razão, a gente vira fera e parte instintivamente para a defesa de quem amamos? Esta é a reação que não enxergo mais nos brasileiros.

Estamos deixando gringo deitar e rolar, caindo como patinhos nos alardes desnecessários da imprensa marrom, alimentando esse ciclo auto destrutivo.

A imagem do Brasil como piada lá fora, agradece!




Agora há pouco, prestei atenção ao diálogo entre duas mulheres, onde uma largou, com indignação:

- A minha chefe foi tipo super grossa comigo.
Mais tarde, a outra, falando sobre os seus hábitos:
- Eu almoço fora, tipo todo sábado.

Aí eu comecei a enlouquecer tentando contar quantas vezes mais elas repetiriam a palavra "tipo".

Pra mim , isso é uma praga linguística que só acaba com a assertividade de qualquer frase. Pra acabar de lascar, alguns insatisfeitos utilizam o "meio que" para reforçar a palavra "tipo". Fica uma desgraça só!


Vai desculpando aí, pessoal! É que eu fiquei tipo incomodado e eu precisava meio que desabafar.

As maravilhas do nosso tempo...



O menino, no corredor do shopping, olhou para os lados, mediu os passos , tomou um impulso, correu intensamente e dali em diante deslizou por muitos metros em eternos segundos que ficaram gravados na minha memória. Ele tinha um tênis com rodinhas. Mas era um menino diferente. Usava aquele recurso como uma ferramenta para fazer coisas incríveis. Juro que foi a primeira vez que reparei de verdade num daqueles tênis.

Fiquei imaginando como seria se na minha época já existisse tênis com rodinhas. Quando meus pais me levavam ao shopping, eu preferia o Itaigara , justamente porque o piso era mais escorregadio e me permitia deslizar por mais metros, mas sem as rodinhas.


Nós que passamos dos trinta, sempre temos aquela postura nostálgica quando comparamos a nossa infância com a dos meninos "amarelos" de hoje, imaginando como éramos mais felizes. Mais felizes nada! Feliz é quem sabe aproveitar as maravilhas do seu tempo!

Política e bitolagem


O cúmulo da bitolagem é quando numa página de imóveis que eu sigo, numa postagem onde o tema é DECORAÇÃO, uma pessoa faz um comentário desta natureza.

Sem mais....


Dicção



Eu não sou fonoaudiólogo nem nada, mas uma coisa que me incomoda é a péssima dicção dos comissários (as) de bordo das nossas companhias. 

O serviço de som na maioria dos aviões, já não é dos melhores. Fica pipocando que nem rádio com problema na antena. Some isso a uns caras que falam em clima de narrador de futebol, só que desrespeitando qualquer pontuação ou entonação. E se no nosso idioma nativo, a gente já não entende nada, quando chega a hora do inglês, eles acham que acelerando para a velocidade 5 da dança do créu, enganam alguém.

Se um gringo depender de alguma instrução deles via sistema de som, tá lascado!!


Infelizmente, eu não conhecia Florence (and the machine) até um dia desses. Fui apresentado ao álbum “ How Big , How Blue, How Beautiful” , sem saber nada sobre a banda. Apenas vi uma capa estilosa, que estava sendo relativamente divulgada por aí e fui ver o que era. Tive sorte, pois depois de me viciar instantaneamente desde a primeira vez que escutei, fui pesquisar os álbuns , biografia e vídeos anteriores e percebi que estava perdendo muito por não conhecê-los.

Florence Welch possui uma voz firme, empostada e enérgica. Energia é a palavra mais correta para descrever esta álbum, que nas suas primeiras canções explode em cordas, metais, orquestras, letras intimistas e todas as faixas com aquele crescimento na medida certa. Tem sido o meu alimento, principalmente nos meus momentos de corrida, onde a gente às vezes precisa de um incentivo extra.

Para quem está procurando um bom álbum para a coleção, vale conferir!


Salvador, muito melhor!


Desde julho de 2015 que eu não fazia uma visita à minha terra. Não tenho acompanhado como anda a política e as polêmicas que provavelmente tantas mudanças urbanísticas devem estar gerando, mas não posso deixar de observar com empolgação, logo na volta do aeroporto, uma Avenida Paralela com várias estações de "metrô" em estágio bastante avançado. Isso não existia há 9 meses atrás.
Vi um Mercado do Peixe, no Rio Vermelho, que sempre foi um "cacete armado", agora padronizado e lindo de se ver. A praça onde fica o acarajé da Cira, toda arrumadinha. Piso novo e cheio de estilo na praça onde fica o acarajé da Dinha. Mais adiante, um deck para apreciar o mar em grande estilo. Não. Nunca vi nada parecido por ali desde me conheço por gente.

Dei um rolé numa segunda-feira, já perto das 22h, do Cristo da Barra até o Porto, pelo calçadão. Vi pessoas passeando, praticando seus esportes em paz e segurança, sem dividir o espaço com automóveis. Estas pessoas , já acostumadas, não reparavam na qualidade do ar que respiravam, mas lá estava ele, excelente de se sentir. Quem olhava para o horizonte, era presenteado com a lua nova espelhada no mar. O velho Farol, com o entorno bem mais conservado, estava lá.

Podem até falar que eu fiz o roteiro que turista faz. O roteiro das aparências. Mas também, fui a pé da Lapa ao Pelourinho. Utilizei novamente os serviços do metrô de Salvador. Estação Brotas, com parada na Lapa. Tudo lindo e confortável. Uma equipe boa para orientação e conservação do patrimônio e usuários muito mais tranquilos e educados do que nos trens de São Paulo.
Lá na Lapa reformada, fiz questão de descer até o subsolo para conferir se ainda havia o famoso mijódromo, mas no local foi instalado um banheiro muito bem estruturado. Observei algumas infiltrações que são clássicas daquela estrutura, mas no local já tinha uma equipe trabalhando no problema.

Subi as escadarias da estação da Lapa, rumo ao colégio central. O camelódromo está bem mais organizado e a circulação no local, menos sufocante. Joana Angélica e Avenida Sete de Setembro, continuam as mesmas de sempre, assim como o Pelourinho, que bem ou mal , já tinha uma mínima estrutura de suporte há algum tempo.Estive também no subúrbio ferroviário e cidade baixa. Não vi mudanças drásticas, mas um calçamento central com direito a ciclofaixa em alguns pontos e quadras de esporte públicas como também nunca tinha observado antes.

Posso continuar,relatando a minha peregrinação pela cidade e muitas outras impressões mas este, sem dúvida, foi o retorno onde mais me surpreendi positivamente com a aparência da nossa cidade. E isso me deixou orgulhoso! 

Que os recursos não se esgotem, pois os soteropolitanos merecem e também têm a obrigação de conservar e zelar pelo que foi conquistado. 

Bora, minha porra!